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Conheça 5 mitos que estão te impedindo de exportar e aumentar suas vendas

Veja que entrar na cadeia de comércio global pode ser mais fácil do que você pensava: basta ter organização e escolher o mercado certo.


Quando se pensa sobre exportação, é comum imaginar um processo extremamente burocrático, difícil, e, principalmente, arriscado. É bastante papelada e a conjuntura internacional muda a todo momento, podendo causar contratempos que põe os negócios em perigo. Mostramos neste artigo que, com a escolha do mercado certo e com organização, esse processo fica muito mais simples - além de render frutos para sua empresa em diversos aspectos.

Nesse artigo, você encontrará a desmistificação de pensamentos como:

  1. Exportar tem muitos riscos

  2. Exportar requer muita burocracia

  3. Exportar é coisa de empresa grande

  4. Não está na hora de exportar

  5. Os melhores países para exportar são China e EUA


1. Exportar tem muitos riscos


Quando analisamos o comércio internacional, é possível perceber a quantidade gigantesca de trocas comerciais e o número de empresas envolvidas. Pode parecer que qualquer produto enfrentaria concorrência, e, principalmente, concorrência de países bem consolidados. Atualmente, com a crise da pandemia, alguns mercados “adoeceram” e frearam essa intensa rede comercial, causando outro problema.


Apesar dessa conjuntura geral de crise, não são todos os países que estão com menos demanda por produtos do Brasil. Por exemplo, o Valor Bruto de Produção do setor agropecuária brasileiro, que mede a quantidade total produzida, teve um aumento de mais de 15% em relação ao ano de 2019, e as exportações aumentaram 6%.


Desse modo, pode-se analisar o ramo que se deseja entrar em diferentes países e achar um mercado saudável ao seu produto. Uma possibilidade de conhecer melhor o mercado é através do Setor de Promoção Comercial (SECOM) das embaixadas brasileiras. Presente em praticamente todos países, ele auxilia os exportadores brasileiros de forma gratuita, dando dados, informações e dicas. Desse modo, caso seja um país atrativo para a troca comercial, consegue-se entrar nesse mercado da melhor maneira possível.


Principais funções do Setor de Promoção Comercial nas embaixadas brasileiras no exterior. Elaboração própria.


Não faltam, ainda, outros órgãos públicos e privados que dão apoio financeiro para as empresas que desejam exportar. Eles realizam financiamentos, garantindo menos risco nessas atividades. O financiamento dado pelo BNDES, inclusive, pode ser utilizado na produção (pré-embarque) ou no pós-embarque, para o trâmite do comércio em si. Assim, a rede de apoio para o exportador brasileiro acontece em diferentes níveis, sempre de forma a facilitar e potencializar a experiência do empresário.


2. Exportar requer muita burocracia


Quando você olha para a lista de documentos necessários para exportar, pode parecer bastante coisa. São documentos pedindo características do produto, quantidade, informações sobre seu negócio, formas de pagamentos, entre outros. Mas, calma que a gente te ajuda!


Hoje, a partir da Declaração Única de Exportação (DU-E) e da Declaração Única de Importação (DUIMP), a maioria desses documentos estão em um mesmo módulo do Siscomex, facilitando e muito o trabalho. Ainda, as licenças para órgãos específicos (como, Anvisa, Inmetro, MAPA, entre outros) estão agrupadas no LPCO. É menos dor de cabeça para todos.


Ainda não sabe quais documentos você precisa ter para poder exportar seu produto? Existem manuais da própria Receita Federal que organizam o que vai ser necessário no processo burocrático de elaboração da DU-E, como é o caso daqueles que estão no Portal Siscomex. Contudo, compreender as particularidades burocráticas do país de destino da exportação pode ser mais complicado – uma dificuldade que o serviço de consultoria internacional pode resolver.


Página inicial do Portal Siscomex.


Desse modo, é necessário organização em relação a conseguir documentos e licenças, podendo ser encontradas mais informações na internet. As etapas desse processo estão cada vez menos burocráticas e mais facilitadas para a realidade das empresas que exportam e importam.


3. Exportar é coisa de empresa grande


Exportar parece coisa de grandes corporações que utilizam enormes containers e atendem a inúmeros mercados? Bom, exportar é bem mais comum do que parece - até mesmo em poucas quantidades.


A Gympass, startup de aulas de exercícios físicos virtuais em parceria com diversas academias, expandiu seu negócio e hoje atua nos Estados Unidos. O networking possível através do contato com o mercado internacional serve como catalisador para o crescimento da empresa.


A própria Atlântica tem como clientes pequenas e médias empresas que começaram a exportar e hoje participam do comércio internacional, desfrutando de maior visibilidade e reconhecimento no campo de atuação. Um grande exemplo é a Exatron, empresa de automação residencial e produtos eletrônicos. Após fazermos um projeto de consultoria em exportação para a empresa em 2017, já em 2019 a Exatron pretendia chegar a 8% do faturamento pelas exportações.


Outras marcas usam o fato de exportarem como ponto principal do marketing, inclusive na própria embalagem dos produtos que vendem. A participação no contexto global transforma a marca em um exemplo de sucesso e notabilidade internacional, garantindo o possível endosso de mais mercados.


Castanha do Pará, da marca Ponzan, do “Tipo Exportação”. (Fonte: Extra.com.)


4. Não está na hora de exportar


A incerteza causada pela pandemia e a crise econômica deixaram muitos empreendedores nervosos em relação a como contornar os possíveis problemas com as vendas. Segundo o economista André Cunha, contudo, a situação que vivenciamos atualmente mostrou em grande medida a desnivelação do comércio mundial e as mudanças significativas que ocorreram nos últimos anos em relação aos centros comerciais.


Dessa forma, como citado no mito “exportar tem muitos riscos”, a pandemia não afetou todos os setores. Em relação às exportações, inclusive houve um incentivo causado pela alta do dólar, pois a atividade ficou mais lucrativa. Vimos que o setor agropecuário presenciou um grande aumento das exportações: as de hortaliças tiveram em 2020 um aumento de 300% em relação a 2019, já as exportações de carne bovina em 2020 tiveram um aumento de 26% em relação a 2019. Muito disso é resultado do incentivo vindo da alta do dólar.


Outros ramos terão grande requisição na economia pós-COVID. Os ramos de softwares e inteligência artificial, por exemplo, estão tendo alta demanda e vão continuar crescendo. Para saber mais, veja nosso artigo sobre os setores em alta.


5. Os melhores países para exportar são China e EUA


China e Estados Unidos são os principais parceiros comerciais do Brasil, somando U$ 90 bilhões de exportações brasileiras. Apesar desse fato, é importante destacar que nem todos setores são dominados por compradores desses países. Há produtos com demasiada concorrência, sem falar no protecionismo desses mercados em diversos setores.


A China é conhecida pelo dumping que exerce no comércio internacional. Ele acontece quando o preço de algum produto está abaixo do nível comercializado mundialmente, fazendo do país o principal vendedor por estar com preços mais acessíveis. Essa atitude, contudo, é vista como desleal.


Entretanto, a nação asiática também acusa outros países de realizarem dumping. Buscando proteger seu mercado interno, a China acusou o Brasil de efetuar a prática em 2019. Dessa forma, as taxas chinesas sobre o frango brasileiro elevaram-se ao pico de 35%, um grande baque para os produtores brasileiros.


China e Estados Unidos são nossos maiores parceiros comerciais no geral, mas é preciso atentar-se ao setor em questão para não sofrer com o protecionismo dos gigantes. (Fonte: Yahoo!Finanças.)


Com isso em mente, percebe-se que China e Estados Unidos possuem alguns entraves em certos setores que dificultam a entrada do comerciante brasileiro. Apesar de serem os maiores parceiros comerciais do Brasil, o exportador deve ficar de olho em todas oportunidades e possibilidades em outros países que, felizmente, podem ser bem maiores.


A América Latina é um excelente mercado, potencializado pelos tratados e organizações de cooperação regionais que o Brasil está nesse âmbito. A Argentina é o 4º país na lista de trocas comerciais com o Brasil, mas outros países não ficam muito atrás: as exportações brasileiras para o Chile em 2019 somaram mais de 5 bilhões de dólares e, para o México, U$ 4,9 bilhões. Assim, a despeito do enfraquecimento do Mercosul e da ALADI nos campos políticos, os seus membros continuam grandes parceiros comerciais e esse padrão não tende a diminuir.


Exportação de carros do Brasil para seus parceiros americanos. (Fonte: G1.com)


Conclusão


Apesar da aparente dificuldade em entrar no mercado internacional, estando-se organizado essa atividade fica bem mais fácil. Não faltam órgãos governamentais ou associações que dão dicas ao empreendedor que deseja alçar voos mais altos no exterior.

Além disso, no primeiro momento, podemos pensar que a situação atual não favorece o exportador brasileiro. Analisando os prós e contras e balanceando as alternativas, vimos que as possibilidades são diversas e identificar e analisar os mercados garante que se atinja o consumidor final de maneira eficiente.


Ficou alguma dúvida? Deixa aqui um comentário que podemos te ajudar!

 


Referências


BUENO, Sinara. O que é Antidumping? Fazcomex, Online, 13 de jan. de 2021. Disponível em: <https://www.fazcomex.com.br/blog/o-que-e-o-antidumping/>. Acesso em: 25 de fev. 2021.

BUENO, Sinara. Exportações para o Chile. Fazcomex, Online, 13 de jan. de 2021. Disponível em: <https://www.fazcomex.com.br/blog/exportacoes-para-o-chile/>. Acesso em: 25 de fev. 2021.

COM safra recorde e exportações, VBP deve subir 15% em 2020. CNA, Online, 14 de out. de 2020. Disponível em: <https://www.cnabrasil.org.br/noticias/com-safra-recorde-e-exportacoes-vbp-deve-subir-15-em-2020>. Acesso em: 25 de fev. de 2021.

BUENO, Sinara. O efeito da pandemia nas exportações. Fazcomex, Online, 5 de jan. de 2021. Disponível em: <https://www.fazcomex.com.br/blog/efeito-da-pandemia-nas-exportacoes/>. Acesso em: 25 de fev. 2021.


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